terça-feira, 16 de junho de 2015

Gosto do tudo e do nada

Gosto. Gosto porque sim. Gosto porque não. Gosto tão simplesmente porque gosto. Nada é tão
simples como o gosto do teu abraço. Sim é só um exemplo. Esse abraço que se entranha no meu
corpo. Me agarra e me faz palpitar o coração. Esse abraço que me permite o teu toque. Gosto do
teu toque. Gosto da necessidade de te querer tocar. Gosto do som que a nossa pele faz quando se
esbarra uma na outra. Gosto do teu cheiro. Do cheiro dos teus longos cabelos. Gosto quando me
olhas e me pedes tudo com o teu olhar. Gosto disto, daquilo, gosto daquele nada, daquele tudo.
Gosto do teu eu, o nosso nós, o meu eu quando pensa no teu. Gosto das nossas tardes, das nossas
noites, das nossas manhãs. Aquelas onde penso em te acordar com um beijo dorminhoco. Aquelas
onde penso ver-te dormir, querendo acordar-te com uma caricia. Aquelas que se proporcionam
por noites passadas, vividas, intensas, que nos mergulham em silêncio e em olhares cúmplices…
para um sonho. Gosto dessas manhãs, quando sei que terei o teu bom dia ali mesmo. Quando a
primeira certeza que terei é de saber que estás presente. Mesmo quando não estás, nessas semanas
pachorrentas, que custam a passar, tamanha é a saúde do meu gosto por ti.
Gosto do meu gosto de gostar de ti. Um gosto que me faz precisar e apetecer de ti. De ti como um
todo. Um corpo, uma voz, um olhar, uma pele, um dialogo, uma companhia, uma amiga, uma…
tudo. Gosto de quando apenas um minuto chega para matar as saudades da tua voz. Gosto de
gostar da tua companhia pelas manhãs que se proporcionam pelas noites. Gosto de gostar da tua
companhia pelas tardes que acontecem por essas manhãs. Gosto de ti pelos fins do dia, que essas
noites, manhãs e tardes ofereceram. Gosto de gostar de ouvir quando me contas o que é teu. Gosto
daqueles momentos calados, profundamente silenciosos e ensurdecedores, provocados por
olhares ternos e de desejo. Gosto quando adormeces e a última coisa que penso é “Gosto de ti
quando estás. Gosto de ti quando não estás.
Gosto de ti, por tudo e por nada.”

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