terça-feira, 21 de março de 2017

De dia para dia...

Olham-se… Há muito que o desejo se apoderou deles. Passam todos os dias um pelo outro. Trocam olhares cúmplices e sorrisos ingénuos. O corpo dela, fazia dele gato sapato. Aqueles pensamentos revoltos, diários, carnais e desejosos, faziam-no inquieto na sua presença. O sorriso dele, matava-a. Aquele ar. Aquela sua presença rebelde e ao mesmo tempo carinhosa, faziam com que ela o desejasse, ali na hora. Sem compromissos, ou porquês. Ali na carne, no amasso, no tesão, na loucura. Ao vê-la assim, tornava-se ainda mais sensual. Balançava a anca poderosa, à medida dos seus passos, sempre que o topava a olhar. Sentia-se poderosa. Adorava aquele jogo. Sedução mútua. As suas imaginações, já há algum tempo que se tornaram meio inconscientes.
Queriam fazer tudo, no inconsciente do tesão que se avolumava, de dia para dia. Em conversas rotineiras, os seus olhos despiam cada peça da sua roupa, com o vagar e lentidão que, a revelação do corpo de cada um, merecia. Ele sabia que ela o queria. Como se a matemática, naquela altura fosse a forma mais segura de compreender a coisa. Senão vejamos: 1+1=2… Cada um deles seria um 1… e ambos sabiam que se se somassem dariam um 2. Eles olhavam-se e gostavam do que viam. As suas formas despreocupadas, em que cada um deles estava na vida, faziam-nos ter a uma ligeira certeza que as coisas entre eles, iriam correr tal qual como cada um deles queria. Beijos, gemidos, apalpões, arranhões, penetração, chupares, lamberes, caralhadas, orgasmos, descansos e mais penetração.
Os seus corpos e reações, diziam ao outro que se queriam. Ele ficava duro, só de se sentar a pensar como seria. Ela ficava completamente molhada ao imaginar cada pedaço daquele momento. Aquele jogo, estava prestes a dar uma reviravolta, que ambos sabiam para que caminho iria dar. E tinham a real certeza que adorariam caminhá-lo. Sem pressas e preocupações. Sem compromissos ou pressões. Perseguiam-se em palavras e momentos, não para se seguirem um ao outro, mas sim para manter aquele tesão que provocavam um no outro. Falavam e só se queriam calar. Em longos beijos, intensos e profundos. Tocavam-se e só se queriam apalpar.
A sensualidade pura de cada um, traziam à tona, afinidades que eles nunca pensariam ter. As emoções, o calor delas, o carinho que cada um tinha pelo outro, surpreendiam todos os dias ainda mais, a ele e a ela. Os seus quereres, transformavam-se em puro desejo. Que queriam, dizer ao ouvido de cada um. Misturado com meia dúzia de beijos. Os seus corpos, estavam prontos para desobedecer as suas consciências. Queriam rasgar as suas roupas, em todos os segundos que se olhavam. Ela só queria chupar, sentar e pinchar, naquilo que mais desejava nele. Ele só a queria penetrar, na selva de tesão que um belo preliminar provocaria nela. Fodiam-se em todas as vezes que pensavam nisso. Sentiam. E apenas queriam, tornar aquilo no mais carnal e intenso que podiam fazer… Ela queria orgasmos, ele suores, ela gemidos, ele palavrões, ela chupa-lo com vigor, ele lambe-la com vontade, ela queria sentir as mãos dele percorrer-lhe o corpo, ele queria sentir na sua língua o sabor de cada pedaço da sua pele. E assim mantinham o seu dia-a-dia… Em fodas pensadas e em desejos mútuos

Para quando a próxima vez?

Começou naquele local. Ali. Se bem que não se recordam como acabou a noite. Algures entre cada um na sua cama, ou os dois no mesmo quarto. Contudo, lembram-se sim de como tudo começou. Dirigiram-se como combinado, para aquele spot. Tinham tudo muito bem tratado. Local de encontro próximo. Horas. Tudo. Noite quente de Verão. Apesar de ainda nem Primavera ser. De tanto saberem que ao final do dia, os seus destinos se iriam encontrar, foi-se manisfestando ao longo das horas de trabalho, um tesão crescente entre eles. Pela adrenalina do encontro. Pelo momento que em cada uma das suas cabeças, imaginavam acontecer. Pelos copos que iriam beber. Pela dança que iriam ter. Pelos seus corpos que queriam ter. Ela chegou com aquele vestido que lhe assentava tão bem nas curvas do seu corpo. Perna torneada. Rabo redondinho. Cabelo arranjado. Ele com um visual casual chic, que ela adorava. Ele olhou-a, e logo a imaginou sem tudo aquilo. Projetava já, toda aquela lingerie sexy, que com toda a certeza escondia as suas partes mais gostosas. Ela observou-o, e concebeu na sua imaginação, todo aquele corpo trabalhado, que apesar de não ser volumoso, a tirava do sério.
Cumprimentaram-se. Entraram. Sentaram-se. Pediram. Falaram. Pediram novamente. Dialogaram. Levantaram-se. Dançaram. Pontos de interesse. Debates sobre a vida. Social. Sorriram. Olharam. E no meio disto tudo, apenas uma palavra ecoava sem parar, nas suas mentes. Sexo. A postura dela de ajeitar o cabelo. A maneira com que trincava o lábio. A maneira como o olhava, dizia-lhe que só queria que ele a agarrasse. Ele não escondia que aquelas forma de dizer quero-te, não o faziam recuar. Muito pelo contrario. O seu olhar intenso. O seu toque, sempre que podia acontecer, na pele dela. O encostar do seu corpo, numa dança, faziam-na crer que ele se encontrava com a mesma vontade.
Não será portanto, novidade pensar, o que o caminho para casa lhes trouxe. Neste caso para o carro. Saí ram. Em direção ao parque. Deserto de movimento e ao mesmo tempo tão acolhedor, pelos caminhos estreitos que todos aqueles carros ali estacionados, formavam. Não se estranharam e antes que ela colocasse a mão a mala para tirar a chave do seu carro, ele agarrou-a. Ela surpreendida, não resistiu. Adorava que a agarrassem na anca. Com força. Com vontade e decisão. Sentiu-lhe logo o tesão. Preliminares intensos. Aqueles abafares de gemidos, que davam graça, a todo aquele monte de carros empilhados e a música alta debitada do bar em frente. Sentiam-se protegidos. Sentiam-se apenas ele e ela. Ali. Sexo oral. Gostoso. Orgasmos. Ela toda molhada, só lhe pedia que a fodesse. Ele com o tesão todo, só a queria penetrar. Com força, entre agarrares, entre ele ou ela por cima, entre ele de lado e ela com uma parte ao alto, entre ela com as duas pernas apoiadas nos ombros dele, entre ele sentado, entre ela de quatro, tudo valeu. Tudo valeu, por aquelas horas imaginadas. Por todo aquele tesão acumulado. Tudo mereceu o ponto alto, que ao fim de uns bons minutos, se atingiu… E no fim saberiam, que assim que chegassem a casa, se perguntariam para quando a próxima vez…

Mulher

Não podia deixar de escrever algo neste dia. O dia fervilhou. Não sei porque, mas… o Sol voltou. Dia 8 de Março. Dizem os entendidos, que é o dia Internacional da Mulher, surgiu no final do Século XIX e início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de voto.
Mulher, esse ser humano esquisito, que os homens não dominam e que se esforçam por compreender, sem nunca as quererem longe de nós. Mulher, essa espécie que as outras detestam.
Umas mais bonitas, outras mais perspicazes, umas mais inteligentes, umas mais intuitivas, outras mais ricas, as mulheres são os extremos, as bifurcações, são o mar revolto e a sua maior calma. São um vulcão e ao mesmo tempo uma linda lezíria. Mulher é isto. São assim. Mesmo bravas são lindas, mesmo alegres, choram. Quando apaixonadas, ignoram. Mesmo frágeis, são poderosas.
Caminham, constantes. Nas dúvidas, percorrem o seu trilho no inundar de certezas. Correm atrás das nuvens num dia de sol e alcançam o sol num dia em que a tempestade assola os seus dias. Choram de alegria e muitas vezes sorrirem na maior tristeza.
Lutadoras. Guerreiras. Agem ao som de uma sinfonia sincronizada, com que pautam a sua vida. Pulsos fortes e uma capacidade gigante. Crianças doceis. Incansaveis. Zelosas pelo que é seu, na vivencia da maior rotina em que as suas vidas se instalam.
Encantadoras e sensuais. Tornam-se no maior vicio que os homens têm. Intensas e vulneráveis. Irresistíveis aos nossos olhos. Mães. Amigas. Donas dos nossos corações, dos nossos desejos mais íntimos. Das nossas maiores desgraças. Das nossas maiores alegrias. Donas da nossa imaginação mais fértil. Donas dos nossos maiores amores, das nossas maiores noites de loucura. Donas do nosso sexo, do nosso tesão. Donas de si mesmo.
Ser mulher é ser Princesa aos 20, Rainha aos 30, Imperatriz aos 40 e especial a vida toda.
Feliz dia a todas vocês

Pensamentos Sincronizados

Deita-se. O corpo inerte e cansado dele, fá-lo sentir uma pedra a afunda-lo para um descanso urgente. Abandona o seu presente ao sono que o balança para um descanso merecido. Ela no sossegado de uma banheira, vai-se preparando para um banho relaxante. Usa todos os sais a que tem direito. A espuma começa a formar-se. Decidiu não tomar banho no ginásio, queria um banho daqueles “à sua medida”. Despe-se! O seu corpo cada vez mais delineado, fá-la sentir poderosa. Anca larga. Rabo tonificado. Peito na medida certa.
Ele começa por se ausentar dos pensamentos quotidianos. Vagueia nas vivências e sorrisos que vai mantendo ao longos destes últimos tempos. Risos, visões, toques, conversas, degustações, viagens, natureza… Não lhe faltam boas razões para o fazerem sorrir. Anda, anda, anda… Passa o diapositivos, até que se prende num em particular. Nesse, existem um tela onde a provocação, o desejo e sedução, fazem-no despertar do sono que se ia avolumando.
Ela entra na banheira. Sente que aquele momento irá fazê-la voltar ao melhor dela. O dia foi cansativo. Pega na esponja. Aproveita a espuma da mesma, para cuidar da sua pele, passando-a delicadamente pelo seu corpo exposto. Aquele instante provoca nela, um pensamento sem pudores, sem medo do que o carnal lhe provoca. Trinca o lábio. Fecha os olhos e pensa naquilo que ultimamente a tem despertado. Aquele homem que outrora inalcançável, se tornou aos poucos, novamente um desejo possível. Fica sobressaltada. Quente.
Ele só pensa que todas aquelas curvas. Faz sentir-se com vontade dela. Sentiu-a ausente de si, por uns tempos. Mas algum click, que ainda não percebeu qual, fê-lo perder-se novamente naquele desejo. Sente vontade dela. Assola-o a vontade de a ter. O sono vai-se. O seu corpo evidencia sinais da existência dela no seu pensamento. O apetite aumenta. Diria-lhe tantas palavras. Doces. Quentes. Passam-lhe imagens, de puro tesão. Em conjunto. Onde os dois corpos saciavam, todo este tempo em que nunca se tiveram.
A temperatura na banheira vai aumentando. Ele é apelativo. Ela le-lhe a alma e sabe que lhe provoca todo o desejo que ela também sente. A fome dele assola-lhe a alma. Não se controla e toca-se. Todo aquele ambiente presencial entre eles, ela sabe que forma faísca. Não disfarçam. Não disfarça. Precisa do corpo dele. Adorava chegar de mansinho e beijá-lo com aquele beijo longo e quente que tanto adora. Fazer deslizar a sua língua pelo seu corpo definido. Adoraria poder sentir aquele abdominal. Toda a sua certeza, do desejo que ele lhe provoca, vai sendo validada, por aquele momento em que se toca. O tesão no seu corpo é grande.
Ele não sabe o que fazer. Ela sabe. Ela sente. Ele sabe-o. Sabe que ela o quer. Quer despi-la. Tocar-lhe em todo aquele corpo, que o faz olhar-lhe com toda aquela vontade. Beija-la com toda a vontade que aquele pensamento lhe provoca. Ouvi-la gemer aos seus ouvidos, ao provocar-lhe naquele local que ele queria provar. Deslizar a sua boca no seu pescoço destapado, à medida que lhe percorre com as ambas as mãos o seu peito, onde de seguida sacia toda a sede que vai sentindo. Deixa-la pronta. Penetrá-la ao fim de uns belos e desejáveis minutos de uns preliminares que todo e qualquer casal, daria todo para ter naquela perfeição.
Ela naquele instante, já ia no pensamento em que lhe sentia enrijar o membro que ela agora apertava. Ouve, no seu pensamento, o gemido que ele lhe solta. Ela crava-lhe as unhas nas suas costas, percebendo o sinal. Despe-o. Tira-lhe a única peça de roupa, entre aquilo que quer e a sua boca. Aqueles próximos cinco minutos, fazem dela, naquele instante, a mulher mais desejada. Ela sabe que ele a penetraria, do jeitinho que ela quer. Faziam sexo, nas melhores posições para si. Sente que ele, mais do que satisfazer-se, a quer satisfazer. Nota-lhe um ar de menino rebelde. Cheio de tesão para dar. Nota-lhe a intensidade naquele olhar, que ela quer experimentar.
Ele nos pensamentos revoltos, sabe que ela a deliciaria. Como se alguém, em manifestos segredos lhe afirma-se que ela sabia bem como satisfazê-lo.
E no meio dos pensamentos de cada um, ele e ela, não sabiam que, cada um deles, neste momento estariam a pensar exatamente no mesmo: “Quero f$%#&-te…”

quarta-feira, 1 de março de 2017

Nem queriam acreditar

Não queriam acreditar…. Não após este tempo! Tinha passado o tempo ideal. Para que agora, o destino não os fizesse ter de se ver tão cedo. Ausentaram-se deles. Da vida conjunta de momentos intensos e regados com instintos carnais, que aconteciam entre eles. Mas… a vida sempre lhes ensinou, que o destino manda mais do que um simples “passar para o lado de lá da rua”.
Olharam-se e bastou um fração de segundos, para recordarem em flashback instantâneo, tudo pelo que passaram e tudo aquilo que ficou por se passar entre eles. Sentiam-se observados. Ela cravou o olhar nele. Ele não o tirou de cima dela. Não sabiam o que fazer. Recordaram naquele cumprimento meio atarantado, todos os odores, suores, sorrisos, gemidos, diálogos, ambientes intimistas e intensos porque passaram.
As suas almas ficaram sujas e promiscuas, naquele talvez minuto e meio, em que não sabiam bem o que dizer. “O cheiro dela é igual” – pensou ele. “Continua com aquela cara de menino safado, como da última vez” – observou ela. Não faziam ideia, daquilo que ia na cabeça um do outro, mas sabiam o que os seus corpos queriam naquele momento. Foderem-se um ao outro. O espirito deles tornou-se rebelde, pesado e os seus olhares intensos, não mascaravam isso. A cada passo que davam, ao lado um do outro, em ameno diálogo, naquela rua fria de mais um encontro aleatória, fazia ceder a barreira que esta distância quis construir entre eles.
“Tu brincas com o fogo” – dizia ele em voz baixa para ela. “Faz-me arder em ti” – murmurava o pensamento dela. Aquela forma arrisca e desconcertante dela ser, faziam-no perder-se completamente naquele local, que para ele lhe era bem familiar. Até que, no primeiro momento em que a guardar de cada um baixou, ambos sabiam que já há muito se tinham seduzido e que portanto, estavam a perder segundos que seriam preciosos. Contudo, ambos sabiam, que ali naquele local, a noite não passaria de um mero reencontro. Um daqueles que o destino decide colocar no caminho, quando menos se espera.
Ele hipnotizado pelo seu perfume. Ela derretida com a “meninice” dele, riam e pensavam que entre quatro paredes, em sossego e a meia luz, os seus corpos estariam naquele momento a colarem-se e que o silêncio seria interrompido. Por gemidos e palavras menos próprias. Ambos sabiam, que numa sala em que, dois copos de vinho seriam o aperitivo da noite, o prato principal seria para cada um deles, o corpo do outro. Sabiam e não escondiam. Sabiam que ele a agarraria pelas pernas e a prenderia entre ele e uma parede à medida que se beijariam e se despiriam. Sabiam que ela não aguentaria muito tempo até lhe poder tocar naquilo que mais desejava naquele momento. Haveria para sobremesa, naquele jantar corporal, os orgasmos todos que quisessem e as posições todas que imaginassem. Sabiam que ele com movimentos mais lentos ou mais rápidos, com língua ou com o seu sexo, a fariam vir-se tantas vezes quantas as que ele se sentisse na tentação de lhe proporcionar, e que ela tanto desejava. Sabiam que ela, com os seus dotes de mulher intensa e ardente, o faria levar ao ponto maior de tesão que so ela pensava conseguir.
E assim, naqueles minutos que pareceram horas, ela e ela despediram-se com a certeza que não tinham pressa de chegarem ao fim daquela história de puro desejo. Sabiam que a partir daquele momento, a história sofreria cenários de próximos capítulos e que a pressa que ali queriam ter, iria tornar o próximo enredo ainda mais desejável… E no seguinte, num momento pós-almoço de descompressão, cada um na sua casa, sabiam que estariam a pensar exatamente o mesmo: “Dá para voltar a acontecer?...”

Somos o que sentimos

Observações, olhares e pensamentos… Facilmente ele se depara num mundo com pessoas de pensamentos influenciados. Com olhares desviados. Com observações manipuladas. Pessoas que deixam de acreditar na sua própria força. Deixam de acreditar em sentimentos, em prol das sensações esporádicas. Deixam de acreditar no amor. Vê-se, com frequência, rodeado por pessoas que não souberam amar. Pessoas essas que muitas das vezes, nunca se moldaram, nunca lutaram, nunca se deixaram agarrar pelo de bom que a vida lhes permite.
Tudo a sua volta lhe parece superficial. Tudo se torna pouco substancial do dia para a noite. Como que o nascer e o por do sol, fizesse nascer a morrer.
O que muita das vezes acontece é que o horizonte onde esse fenómeno acontece, está tnatas das vezes tão próximo das pessoas, que as próprias nem lhe dão importância. Deixam-se toldar por “acreditares” e “deixares andar” alheios.
Esta sociedade que ele próprio sente , que nasce a ouvir os adultos, esses que muitas vezes nem por si sabem amar. Tudo a sua volta lhe parece uma guerra, em que quase todos deixam de lutar por si, de conquistar e reconquistar, deixando de dizer às pessoas que estão ao lado de cada um, o quanto elas são maravilhosas e o quanto somos gratos por as termos nas nossas vidas, qualquer que seja o laço afetivos que os une.
Este mundo em que ele acha que cada um de nós deixa de se surpreender, deixa de se agradecer, correr atrás, deixa as paixões ir embora e o amor ficar num ponto morto, em aparente paz surreal.
O pensamento atiça-lhe a observação. Olha e acredita que todos nós, somos destinados a ter alguém ao nosso lado que nos olhará como a maior sorte e o maior acaso das nossas vidas. Que nos olhará com admiração, com medo de nos perder.
Esta sociedade que diz que o valor atribuído às coisas deriva de vários fatores, da sua monotonia ou da sua certeza. Segundo ele, estas observações e quantificares “clichê”, fazem tão e somente tornar banais todas essas coisas. Talvez, pensa ele, que seja por isso que só quando as perdemos, ponderamos. E deixamos de as observar como monotonia ou certeza., deixando de qualificar algo apenas pelo valor que se pode atribuir à rotina diária.
Esta sociedade que necessita de tentar e fazer todos os dias por si, para que possa no futuro dar ainda mais por esse alguém.
Ele tem a sua visão do amor, da paixão, do tesão, da atração, das amizades que nunca vai mudar. Mas se mudar será por vivências, por observações, por pensamentos e olhares. Não por mentes alheias. Segundo ele somos o que sentimos, não o que nos dizem para acreditar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

E lá fora o dia vai frio...

Eles não precisavam de palavras. Neste dia de chuva, sabiam bem o que queriam. Os seus olhares sequiosos, gritavam pelo corpo de cada um. Sabiam o que na alma impura, de cada um, se passava naquele momento. Ele sabia que ela o desejava, nu. Ela sabe que ele a queria, nua. Os seus olhares de malicia, torturavam o tesão, que em cada um deles, ia aumentando exponencialmente. A casa estava fria. Mas os seus corpos aqueciam a cada piscar de olhos. Ela torturava-o, com uma lingerie ao seu registo. Dava-lhe uma forma ao seu peito que ela adorava. Ele adorava o tamanho. Cabiam-lhe perfeitamente nas suas mãos. Ele apenas de boxers, fazia com que na sombra do corredor, o seu corpo ficasse moldado por um mistério fascinante que ela não parava de observar. Ela vira-se de costas. Ele não aguenta. Aquele fio dental, perfeitamente colocado, naquela anca, fazia com que o rabo dela ficasse totalmente perfeito. Ela percorre apenas uns passos, até que ele a agarra. Ela de costas, sente aquilo que estava precisamente a pensar que lhe estaria a provocar. As suas respirações, vão ficando descontroladas. Ele faz-lhe sentir no pescoço, a intensidade da sua expiração. Ela não resiste. Inclina a sua cabeça para trás e pede-lhe um beijo.
Ele beija-a e agarra-a pelo seu peito perfeito. A urgência que os rodeia faz com que me segundos ela esteja nua e se vire para ele. Tira-lhe a única peça de roupa que ele trazia. Estão entregues cada um deles, neste momento, um ao outro. Deixam que o outro faça aquilo que a mente conscientemente, diz às suas mãos e bocas para realizar. Eles entregam-se ao corpo de cada um. Ele sôfrego, não para de lhe chupar as mamas que tanto adora. Ela com o tesão que lhe dá, agarra-lhe os braços perfeitamente definidos. Mergulham em si mesmos e nos corpos de cada um. Ela chupa-o. Ele lambe-lhe. Dominam-se neste momentos primários do puro prazer que atingem. Perdem-se em murmúrios, palavrões e intensidade. Agarram-se e os seus suores, começam por tornar aquele momento, ainda mais poderoso. Observam as formas de cada um. Os seus reflexos na parede, provocadas pelos raios de luz que entram, fazem daquele espaço um autêntico espaço de desejo e tesão. Correm a favor e contra o tempo. A favor, porque não sabem quanto tempo quererão mais para aquele momento, não lhes interessa horas. Contra, porque a cada segundo que passa é menos um para se satisfazerem um ao outro. Gostam do puro orgasmo. Do puro gemido. Do puro espasmo. A cada momento, saem a querer ainda mais para um próximo. Naquela altura, ele penetra-a, já sem saber o que fez a uns segundos atrás. A intensidade é tanta que vivem ao segundo, naquele espaço. Não são perfeitos, mas para cada um deles a perfeição que atingem em estados daqueles, compensa cada imperfeição individual. Viram-se. Encostam-se a parede. Ele por cima. Ela por baixa. E vice-versa. De lado. De 4. Tudo vale. Ali, a casa ouve em ecos os gemidos de orgasmos atingidos. E lá fora, o dia vai frio…

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Momento de saudade

E é no silêncio que ele hoje se encontra. O barulho e a azáfama do dia, foi deixada do lado de lá da porta. A noite cai. Calma. A vida escorrega-lhe das mãos, à medida que os ponteiros do relógio, avança em movimento frenéticos, contando os segundos de um dia atarefado. Ele rodeado, pelo silencio das paredes escuras do seu quarto, vai aproveitando cada um desses segundos, para colocar em palavras mudas, os pensamentos que lhe vão surgindo. Neste momento, o seu mundo vai-se emudecendo em saudades, que lhe agitam as vontades. Os pensamentos, encontram-se envolvidos por uma alma, que outrora feliz e agitada, se encontra triste e inquieta. Ao longe, pensa ouvir murmúrios. Mais alguém que vai descendo a rua, que todos os dias ele palmilha.
Volta às vontades, que no desvaneio da sua lucidez solitária, lhe faz lembrar de todos os momentos bons da sua vida. Vai ao passado. Onde outrora a vida o fez feliz. Oh aquele aqueles momentos. Ele adora-os. Entre eles, vai pensando num em particular.
Esse que um dia, nas incertezas constantes de uma vivência despreocupada, o fez parar. Parou porque sim. Não quis mais andar ou provocar. Sabia que aquele momento o iria fazer feliz. Algo que ele sentia que merecia.
Costuma-se dizer que há gente que não é como toda a gente. Ele é um caso dessa gente. Ele é gente que sente, que ama, que se completa na alma da gente. E esse tipo de gente, sente saudade de gente. Ele sente saudade desse momento em especial.
São as saudades que o fazem sentir assim. Sentido. Sentido com o que a vida lhe faz carregar, no presente, Por ele daria cem mil passos, para matar a saudade desse momento. Essa saudade que tanto o aperta. Deita-se. Olha para o teto escuro. O seu pensamento faz-lhe ir adormecendo, na calmaria da noite e na saudade do momento. Esse momento, faz-lhe sentir algo. Um sentimento. Esse sentimento que o faz sentir essa saudade. De que muitos falam e que ele vive. O seu coração tenta-se manter quente, no gelo do seu quarto. A saudade aperta-o. Na sua face, as cicatrizes de um semblante triste, vai-se desvanecendo e o seu corpo vai relaxando. Sente o cansaço do dia a abater-se sobre os seus membros. Os seus olhos, vão-se tornando cada vez mais pequenos. E é na esperança que essa saudade se desvaneça, que ele adormece a fim de se preparar para mais um dia de um calendário.
E é nesse momento, naquele último momento lúcido do dia, que a sua boca dá voz aquele sentimento, que o aperta, que lhe provoca as saudades e num murmúrio audível, apenas diz:
- Amo-te.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vive e ensaia todos os dias...

A noite estava chuvosa. Na rua a luz dos lampiões ia dando um espetáculo de focos, que animava uma rua onde mais ninguém decidia estar. A água depositada, ia permitindo um jogo de reflexos que certamente nenhum fotógrafo desperdiçaria.
Ia percorrendo o caminho que nestas noites, sempre percorria. A chuva “molha tolos”, ia ensopando aos poucos a roupa que ele trazia vestida. Já nem o casaco grosso escapava. O corpo arrastando-se, trazia-lhe o espirito de uma noite onde a bebedeira, foi e estava a ser a estrela principal. O seu olhar perdido, fazia com que o seu corpo se torna-se inconsciente. Não sabia que neste momento, o seu corpo começava a tremer. O álcool a correr nas suas veias e artérias, anestesiavam aquilo que o exterior vinha a querer revelar.
Quem o visse diria “mais do mesmo, há muito que assim é, a vida o moldou”. A vida moldou-o. É certo. Hoje ele sabe, que é apenas um nome e uma idade. Em momentos de consciência sai de casa e sabe para onde vai. Mas não sabe porquê. A vida não o soube levar, ou ele nunca a soube carregar. Naquela noite, sentou-se. Por debaixo de um parapeito, ia descansando as pernas que se tornavam bambas. Tinha sonhos. Tinha objetivos. Queria passar esses sonhos em novos objetivos. Mas naquele momento sentiu que os deixava ir. A sua face, começou a forçar uma feição triste. As primeiras lagrimas, impercetíveis pela cara molhada, começavam por cair. Olhou-se. Ali sentando, ia-se observando. Os membros descaídos e as pernas desleixadas e preguiçosas, davam-lhe um ar meio soturno.
Os dias passavam-lhe e para ele eram sempre a mesma coisa. Pessoa alegre de dia e de derrame de lagrimas à noite. Já fazia tempo, o tempo em que num dos últimos momentos de consciência, antes de uma noite de sono, a sua alma sorria para o dia que se ia ali apagar. Não se mostrava triste. Era uma força da natureza no seio da sociedade. Não gostava de mostrar a vida triste que levava, nem tão pouco o seu lado melancólico. Tinham sido as escolhas que o levaram ali. Sabia disso e carregava apenas para ele o resultado das suas opções.
Todos os dias se cruzava com dezenas de pessoas e sentia que naquele momento era o único que parecia afogar-se. Questionava-se. Sem uma resposta obvia. Sentia que não tinha ninguém para desabafar e que a única boa ouvinte seria uma garrafa de um vinho carrascão, que o levava ao estado onde neste momento se mantinha. Ali quase que jazia um corpo, onde dentro de si, um ser gostava de ter sido tudo, mas que sem força torna-se a ser um nada.
Sentia que era isso mesmo, que não era suficiente bom em nada, todos os seus erros eram colocados no placar da equipa adversária, o que faria avolumar um resultado que por si só já seria desnivelado. Ali a observá-lo da janela do meu quarto, as emoções do momento, faziam-me pensar que, a vida é feita de obstáculos. Naquele preciso momento lembrava-me precisamente de uma frase que todos nós devíamos colocar como post-it eterno na nossa vida que diz algo como isto: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”… Sejamos então nós os protagonistas máximos das nossas vidas, em constantes ensaios que sabemos que darão uma peça de que muito nos orgulharemos...

sábado, 21 de janeiro de 2017

Se nunca te atirares, nunca saberás se alguém te deu a mão e caiu contigo...

Hoje caminhava mais uma vez por aí. O dia ia frio e o vento arrepiava-lhe o corpo. A sua mente continha tudo o que se possa imaginar, contudo o olhar perdido contrastava com a forma eufórica como vivia a vida.
Naquele momento era apenas mais um que caminhava sozinho, por aquela estrada que formava cristais de gelo. Quem se cruzava com ele, sentia que era mais um que se tinha comprometido com a solidão. Era mais um que não se permitia sentir, para que não lhe doe-se.
Tornou-se amargo, com uma postura de quem está sempre em guerra, de quem nunca larga a espada e o escudo. Durante muito tempo quase que amou a solidão. Naquele dia, ao chegar a casa, demorei horas no banho, onde cantava e relaxava, após um dia stressante.
Pensava que o sexo oposto só servia para que o satisfizesse quando quisesse. Alimentava a ideia de que a solidão o permitia ser e fazer o que quisesse.
Contudo quando o amor lhe bateu à porta, simplesmente tendeu a não ligar, como se isso nem existisse. Acontece que por vezes, mesmo não querendo, o amor é insistente, e mesmo com resistência, ele acaba por entrar. Nessa ocasião, quando lhe bate à porta, não espera duas vezes para ouvir a permissão para entrar. Entra e instala-se. Precisamente naquele local, onde outrora não sentava nem dormia ninguém. Instala-se precisamente, naquele lugar, onde outrora ninguém lhe fazia, formar e formular histórias, tipo guião de filme romântico de domingo a tarde.
E hoje enquanto se instalava naquele local, surgiu a ideia de que naquele lugar, começou por escrever um argumento de uma história de amor. Começou por guardar o escudo e a espada, da guerra onde estava inserido, parafraseando as mais lindas histórias de amor, que unem um soldado a alguém que o faz querer regressar.
Por isso, tal como ele, enganem-se todos aqueles que dizem não ser capazes de amar de novo, todas as que dizem que vão ficar entregues à solidão, porque em algum momento da vida, a solidão vai deixar-vos entregues ao amor. Para ensinar que, tal como caímos na solidão, amar é cair do precipício, na esperança de que alguém nos dê a mão e caia connosco.
Em suma se nunca te atirares, nunca saberás se alguém te deu a mão e caiu contigo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

"Como é bom acordar assim de manhã"

Manha fria, com toda a certeza. Estamos no Inverno, portanto. Acordo e tudo parece-me bastante escuro. A luz ténue, tenta com toda a força que não tem, passar pelo estore corrido das janelas do teu quarto. Contudo, todo o espaço se encontra quente. O aquecedor, vai mantendo uma temperatura agradável. Olho em redor e sinto o teu corpo tenso. Olho-te e vejo-te a acordar. Encolhida como sempre. Linda e ao mesmo tempo desprotegida, quando te desprendi do meu corpo. Os lençois encontram-se desamparados e a cama encontram-se em lume ténue, aquecido pelo calor dos nossos corpos. Foi fácil notar que aos poucos fingias estar a dormir. Mesmo tu estando de costas para mim. Conseguia ler alguns dos teus pensamento, naquele momento, que te passavam pelo leve momento que íamos passando ao acordar. O teu corpo, começava por se mexer, lentamente. Aos poucos e ao sabor do meu toque, ia-se compondo uma melodia assimétrica no teu corpo. Encontravas-te naquele momento, a lutar contra os teus pensamentos. Aqueles que a poucos minutos, sabia estar a interpretar na integra. Viraste-te para mim suavemente. Vi-te a abrir os olhos, e o teu olhar intenso fixou-se no meu que já ardia. Toda aquela intensidade, formou um furacão de desejos, que aquela cama seria certamente pequena para suportar. Sorrimos. Sabíamos que pensávamos o mesmo. Ali. Mantiveste-te quieta, mas com uma inquietude percetível. Aproximamo-nos ainda mais um do outro, e acariciamos as nossas faces. O primeiro beijo, saltou da nossa vontade, logo de seguida. Foi dado o primeiro gemido. Desejo. Estávamos a ferver e as nossas mãos, já espalhavam um no outro o calor que o outro ainda necessitava de sentir. Os tremores de desejo, começaram a fazer-se sentir. O aquecedor, já não fazia falta. O ambiente já era aquecido, pelo calor dos nossos corpos. Pegamos nas mãos um do outro e deixamos que cada um delas percorressem o corpo um do outro. Cada pormenor, começou por ser sentido, pela palma das nossas mãos, para posteriormente ser saboreado pelo paladar da nossa boca. Estávamos a escaldar. Sabíamos que o início da manhã, seria passado ali por uns belos, lindos e gostosos minutos. E naquele preciso momento, ambos pensávamos “Como é bom acordar assim de manhã”…