segunda-feira, 18 de abril de 2016

Hoje seria assim, com silêncio e gemidos...

A mente hoje chama-me para uma escrita mais intensa. Não sei porquê, mas o dia hoje foi tranquilo. Tranquilo demais… Sinto necessidade de sair desta tranquilidade. Sinto necessidade de um pensamento mais revolto. Mais intenso. Mais desejado. E as palavras começam por fluir-me… Vou-te descrever exatamente palavra por palavra o meu pensamento. Que no seu conjunto dão a estas ideias e visões, a ilusão de uma tela que seria certamente considerada uma autêntica obra de arte. Enfim… Ando perdido em pensamentos… Acabei de me permitir a perder como disse num deles. Assim sendo a escolha foi perdi-me em ti… Uma, duas, três vezes. Desta vez perco-me num pensamento deste género. Vê se te agrada: Chego a ti sem esperar mais tempo, indo no teu sentido. Olho-te com ardor e encosto-te bruscamente a uma qualquer parede que te ampara-se o corpo. Não dizemos qualquer palavra. Os nossos gestos, preenchem com sons o vazio que o silêncio vai ocupando. Olho-te com a intensidade de quem te deseja e te provoca. Com um beijo na tua face límpida e bem tratada, sorris. O teu jeitinho malandro e rebelde, de quem sabe exatamente o que vai acontecer e deseja que se realize. Mas um beijo intenso e isso faz-me perder o controlo e a ti arrepia-te. O calor que os nossos corpos transmitem, aquecem a casa que com o frio da noite, tem tendência a ficar gelada. Quando os nossos lábios se tocam os nossos os corpos rende-se à intensidade do momento. Deixas-te render à intensidade do meu beijo. Deixo-me dominar pelo teu lindo olhar. Fico rendido a esses olhos. Que imprimem um brilhem de desejo e tesão que começam a aumentar no teu corpo. Quase nos falta o ar. Dá-mos um espaço entre os nossos corpos. Para que possamos respirar. A intensidade já é alta. Afasto o teu cabelo e coloco-te a minha palma no lado do teu pescoço e trago-te novamente ati mim com um beijo intenso. As nossas peles arrepiam-se. Desço a alça de um top aleatório, que hoje decidiste vestir. É da cor dos teus olhos. Faz-te ainda mais linda do que és. E de imediato desço a outra e nesse momento afasto-me de ti. Observo o teu corpo nu à mercê do meu toque. De imediato, sem controlar emoções, deixo que as tuas mãos me desapertem a camisa e a façam cair no chão. Passas as mãos pelo meu tronco. Sentes-te excitada com aquilo que percorres. Num ápice e as minhas calças descem e logo depois os boxers. E pouco depois também sou eu me encontro nu à tua frente e sem conseguir esconder o desejo que sinto por ti.
Preparo-me para te agarrar, mas empurras-me para um sofá, que aqui jaz solitário. Sem reservas, colocas-te no meu colo. Vamos aquecendo novamente os corpos. Percorro o teu corpo, e vão-me passando pela cabeça cenas que vou realizando no próprio momento. Gememos com intensidade. Apertas-me com tesão aquilo que não consegue esconder o desejo que me vai alimentando de ti. Ao meu teu percorro o teu corpo com a boca húmida, tocando-te ao mesmo ritmo que me fazes a mim. Deito-te e palmilho zonas que te fazem levar à loucura. Demoro-me por lá. Sentes-te perto do orgasmo. Interrompo. Deixo-me dominar por ti nesse momento. Não deixas que fique sem resposta. Fazes-me de tudo. Deixo-me levar no tesão que me dás. Não dizemos qualquer palavra. Os gemidos e sons indecifráveis, falam por nós. Os nossos olhares não mentem. Nenhum de nós quer parar. Os nossos corpos movem-se, em momentos sincronizados. Balançam-se ao mesmo ritmo. Ritmo esse que já nenhum de nós controla. Deixámo-nos ir. Em várias posições. Ali. Ensaiamos diversas vezes, um diálogo, que é feito pelos nossos corpos. Até que com um suspiro profundo atingem o auge e precipitas o meu. Abandonámos o chão e reclinamo-nos um sobre o outro. Olho-te e sorriu. Tu abres em leque um para mim. Olhamo-nos durante minutos. Com os nossos olhares a dizer tudo que não conseguimos ainda naquele momento de recuperação. Estes momentos fazem-se de silêncios ensurdecedores…
E hoje seria exatamente assim. Com silêncios e gemidos.

domingo, 17 de abril de 2016

... És apenas tu que me interessas...

Lembro-me perfeitamente da primeira vez que te vi. Não te vou dizer o que pensei (ou melhor, talvez já te tenha dito em curtas palavras o que pensei), senão nem eu próprio estaria aqui a escrever isto… Seria do género como ir a um local, olhar em redor, e à primeira vista não gostar e pensar que nunca mais lá voltaria. O problema, é que o destino decidiu cruzar-me contigo e permitir que “essa primeira vista”, se prolonga-se até agora em “inúmeras vistas”. Recordo-me, das primeiras sensações. Não me interessei logo de imediato, por diversas razões. Umas mais plausíveis que outras. Mas senti algo diferente. Não pensei muito no futuro. O “nosso” presente ainda era e é bastante curtinho. Deixei de criar expetativas. Pecámos sempre por isso. As expetativas neste contexto, são como que aquele momento, em que vais comprar algo pela internet sabes? Onde tudo parece tão impecável e bem feito e quando recebes a encomenda, nada é como aquilo que viste. Ou seja, se começas a pensar que alguém é tudo aquilo que procuras e nem sequer paras para a conhecer, ao ponto de perceber se esse tal alguém estará com a mesma disponibilidade que tu, acabas por bater na parede, sem te aperceberes que ela está ali, desde o momento que ganhas-te esse interesse. Sejamos sinceros, o que surge inicialmente é aquele impacto visual, aquele interesse de ver se “aquela capa de livro, tem conteúdo que nos agrade em ler”. Foi tal qual assim. Rendi-me a algo em ti. Recordo da nossa primeira conversa. Se ali pudesse saber, o que até agora se ia desenvolver, entre olhares e sorrisos, não sei o que teria dito. Apesar de em todos nós existir um(a) romântico(a) incurável, em mim talvez num patamar superior admito, todos nós também temos os mecanismos de defesa próprios.
Não gosto de me entregar logo, para que possa comprovar/ver se existe “a tal parede” onde posso bater. Mas se me entrego, faço-o de corpo e alma. Mas isto não será certamente uma equação com uma única variável. Existe uma variável, que mais do que variável, é certamente uma incógnita, pois depende do lado de lá (do teu neste caso). Daí ser difícil apostarmos tudo. Comigo não seria ou será diferente.
Costumo pensar, indo de encontro à frase anterior, que se soubéssemos o que iria acontecer, a história não teria graça em ser vivida. Entre alguns passos mal dados, em momentos que não sabemos bem o que dizer ou fazer, para lhe provocar um sorriso, ou uma aprovação, existe sempre o reverso, em que com um sorriso ou um olhar, ou uma simples pergunta a fazer lembrar-lhe “sim mandei-te esta mensagem pois estas no meu pensamento”, dizem tudo. Se ainda não percebes-te, algo que duvido, então será melhor começares a saber interpretar-me. Estou-me a sentir disponível para ti.
Lembro-me da primeira vez que te vi. Mas talvez dessa altura, me seja já impossível contar quantas vezes mais me perdi a olhar para ti. Muitas vezes te apercebes, outras nem tanto. Contudo, não deixarei de o fazer. Não ligo a interpretações de quem de fora, não entende ou vive o que sinto ou vivencio. Ainda assim, recordo e lembro-me de tudo o que fui sentindo. Todos nós temos aqueles momentos, em que por vezes nos apanhamos sozinhos a imaginar como será a primeira cena, intensa, carnal, dedicada e sedutora, de um guião que gostaríamos que fosse longo. Não sou diferente. Fico a relembrar esse lindos olhos e esse sorriso espontâneo, essa face de menina rebelde e esse jeito de ser agradável e descontraído e assim vou a cada dia que passa ganhando mais certezas, que és apenas tu que me interessas…

domingo, 10 de abril de 2016

Fico à tua espera...

Todas as histórias têm um início. A lei da vida, assim o define. Precisamos que o destino, conspire contra nós, ou então que nos inspire. Melhor ainda, diria que precisa de nos tirar, ou retirar, os receios, de dar aquele passo, "o tal", que muitos de nós sempre questiona, se será na direcção certa. Então se todas as histórias tem um início é porque, de certeza, de alguma forma, os receios desse primeiro passo, foram ultrapassados. Ora, a histórias de cruzamentos de pessoas, são muitas vezes iniciadas, com esses passos, que surgem após várias vezes nos questionarmos sobre todas as incertezas. O destino na minha história decidiu levar-me para algures e no início de num momento aleatório da vida, permitiu-me conhecer-te. Encontrei-te e ainda bem que assim foi. Recordo-me desse primeiro impacto ao olhar-te. Olhei-te meio de lado, como que se te tratasses de um “fruto proibido”, do qual tinha receio em me “matar”. Mas eu gosto do ” proibido ” e olhei. Ainda hoje, vou revendo as primeiras impressões ao ver-te e por todas essas vezes, tendo a sorrir. Não sei bem quando, nem como, mas o nosso primeiro sorriso mútuo provocado pelo destino, fez o teu olhar brilhar e o meu ficar encantado. Foste das melhores “paisagens” que alguma vez tinha visto. Aquele teu sorriso, aquele brilhozinho nos olhos, aquela paz transmitida pelo teu olhar, o teu jeito rebelde, a tua forma de rir, fez-me ficar rendido. Dizem, que só vivemos intensamente se sentirmos intensamente. Dizem que quanto mais pensamos sobre algo, mais gostamos disso. O teu olhar, faz-me ter pensamentos diários. O teu sorriso de menina, faz-me reviver e relembrar, de todos os momentos que me lembro de o ter visto. Porque o meu pensamento está mais abrangente, do que alguma vez imaginei e esse teu jeitinho me despertou algo que outrora, estaria bloqueado e numa constante incerteza, assalta-me neste momento um pensamento, que culmina numa pergunta: “Hoje apenas quero ter-te, quero beijar-te, tocar-te, como se fossemos nós e mais quatro paredes. Como se fossemos um só. Vens?”. Fico à tua espera...

sábado, 2 de abril de 2016

O que dizem os teus olhos?

Dizem os mais antigos que os olhos são o espelho da nossa alma e de facto são mesmo. Todos nós o sentimos e o comprovamos. Por isso, não posso deixar de concordar com essa afirmação. Nunca sabemos controlar emoções através deles. Duplamente. São eles que as proporcionam e são eles que as revelam ao mundo. De facto através do olhar podemos saber muita coisa. Ou perceber muita coisa. Todos nós adoramos olhares. Expressivos. Reveladores. Exóticos. Misteriosos. Cativantes. Profundos. Sensuais. Provocadores. São eles (os olhares) que nos proporcionam compreender, ou entender, as pessoas que nos rodeiam, sobre quem mais gostamos ou sobre quem apenas vemos como simples conhecidos. Através do olhar revela-se a alma e sente-se o coração, desenha-se o sol e pinta-se o amor com todas as tonalidades, ou apenas de uma única cor. Sentimos o que o outro nos quer revelar. Positiva ou negativamente. São eles que nos mostram interesses. São eles que procuram, o que o pensamento te provoca, como sendo uma necessidade. São eles que te satisfazem e te fazem observar aquilo que tu entendes por belo. Aquilo que tu encaras como desejo. Como interesse, ou como algo a explorar. Olhares. Tão discretos. E ao mesmo tempo, tão reveladores. Tão superficiais. E ao mesmo tempo tão profundos. Tão desinteressantes. E ao mesmo tempo tão cativantes. Tão vulgares. E ao mesmo tempo tão diferentes. Tão tentadores. Tão encantadores. Tão imaginativos. Tão sedutores. Os olhares, são o espelho da nossa alma. Tão depressa revelam o que sentimos e nos colocam em situações embaraçosas, como tão devagar nos envolvem em momentos de sedução longamente demorados. A envolvência do momento e de quem está do lado de lá, deixa-nos sem palavras, tanto que por vezes perante a nossa timidez, não sabemos o que dizer mesmo o que dizer. Quando isso acontecer, não nos preocupemos, pois temos aquilo que venho falando, a falar por nós. Por ti e por mim. E nessa altura, não te negues a demonstrar o que sentes. Deixa que os teus olhos brilhem e te façam dizer tudo que desejas mesmo sem palavras. Deixa que eles te provoquem um sorriso rasgado. E que digam “olá”, com um piscar de olhos. Deixa que os olhares se cruzem e se cumprimentem. E perguntem “como estás?”. Ou revelem: “Sim queria que os nossos olhares se cruzassem e se sorrissem”. Nessa altura contempla, a suavidade e doçura do olhar dela, quando se cruza com o teu e mais uma vez sem palavras te diz: “Sim o meu pensamento manifestou a mesma necessidade” Neste dia, se estes olhares se cruzassem, certamente um de nós perguntava: “Hoje, o que dizem os teus olhos? Os meus sorriem-te”…