terça-feira, 11 de outubro de 2016

Cedo a ti, todos os dias, mais um pouco

Cedi a ti. Admito sem qualquer rodeio. Não sou pessoa de dizer que não, quando o meu pensamento diz sim. Cedi a ti. Conquistaste-me, num ápice. Como que um piscar de olhos. Num instante vês tudo clarividente. No outro já estás apaixonado. Nesse momento, sorri. E tu estavas ali ao lado. Não deu para disfarçar. Estavas ali. O mais junto possível, para que o meu pensamento, facilmente fosse entendido por ti. Tão esquisito este momento. As vezes, procuramos, procuramos e raramente encontramos. Respostas, caminhos, decisões… pessoas. As vezes tudo torna-se tão fácil, que tendes a achar estranho. Mas afinal de contas, com um simples sorriso, tudo se conquista. E não há volta a dar, adoro o teu. Tão limpo, tão aberto, tão natural e expressivo. E quando sorris, despertas o que de melhor há em mim. A felicidade indescritível que se esconde no nosso peito, a grandiosidade dos meus sentimentos, a inquietude das saudades tuas que me invade, o desassossego de ti que se eleva, a paixão por ti que me alimenta o coração. Provocas-me tudo isto. Nesse momento, cedo a ti através de uma leveza e uma partilha inexplicáveis e o meu sorriso é espelhado nos teus olhos, quando me olhas. Nas tuas mãos trémulas, quando me tocas. Nos momentos em que me abraças, nos momentos em que me beijas. Nos momentos em que me tocas. Cedo a ti. Como poderia não me render perante algo tão belo? O teu sorriso! O teu jeito parvo de lidares comigo! A tua meiguice! A tua doçura! A tua beleza natural! O teu corpo esguio e sensual! O teu toque! O teu beijo e até mesmo quando resmungas (ou tentas) resmungar comigo, fazem-me ver o quanto eu sou feliz contigo! Bastou um encontro de olhares sem estarmos à espera e uma única palavra saída dos teus doces lábios para conseguir reproduzir, talvez arrisque a dizer, o meu melhor sorriso de sempre. Abri os olhos lentamente e sorri…e… Com os braços em volta do meu corpo, estavas tu. Não com medo de me veres fugir, mas sim para teres a certeza de que naquele momento, estávamos juntos em pensamento e desejo e que eu te pertencia. Como é simples e lindo cada segundo passado ao teu lado. E desde esse momento, até hoje, cedo a ti todos os dias, mais um pouco…

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Foste a melhor escolha que o destino me possibilitou

Começo por dizer que foste a melhor coisa que o destino colocou no meio caminho. Já vais perceber. Há escolhas que não nos pertencem, que não dependem completamente de nós. Que nos fogem dos dedos, a cada abertura de mãos que fazemos. Há escolhas que, por finalidade das circunstâncias, temos de as fazer. Eu não escolho acordar todos os dias cedo para trabalhar. Ninguém o faz, conscientemente. Quem gosta de se levantar cedo? Que ponha a mão no ar! Eu cá não! Mas por força das tais circunstâncias, diferentes certamente de pessoa para pessoa, tenho de a realizar. Contudo, existe com toda a certeza, porque o afirmo, uma escolha que conscientemente decidimos tomar e que o destino sempre nos sabe responder. E essa escolha é ficar rendido a alguém. É nos apaixonarmos por alguém. É desejarmos esse alguém. É comtemplá-lo e achá-lo a melhor coisa que o mundo te pôde colocar à frente. É sentires saudades. É o aperto no peito, quando te queres exprimir com mil palavras e no fundo só te sai um “adoro-te” ou um “gosto muito de ti”. Esta é a escolha que todos nós, mais tarde ou mais cedo, se confrontam. E certamente, porque novamente o afirmo, isso aconteceu comigo. Não escolhemos o dia. É aleatório. Não escolhemos a hora. Ou melhor, estimámos uma hora. Digo estimámos, porque só tu te conheces. Só tu sabes se estás mais ou menos disponível, para te deixares conquistar e quereres conquistar. Para te deixares conhecer, ou não. Para de deixares envolver, ou não. Comigo e provocado por ti, foi certamente um conjunto de isto tudo. Logo à primeira vista, senti que me queria deixar conhecer, queria-me deixar envolver, queria-me tornar disponível. Contudo, estas escolhas não são só nossas, tem que haver algo no “outro lado” que nos faça dar o primeiro passo, ainda que sem um mapa. Não são apenas consciência. Tem muito de inconsciência. E só nos damos conta, quando já estamos emaranhados nelas. Não escolhi apaixonar-me por ti, mas escolhi com toda a certeza ficar. Escolhi porque percebi, que a inconsciência da minha paixão, tinha razão de ser. Razões que me fazem querer ficar. Que me fazem querer te conquistar a todos os dias que passa. Que me fazem sorrir, assim que te vejo ao longe a andar com o teu jeitinho elegante. Que me fazem derreter, com o teu jeitinho meigo de ser. Que me fazes despertar desejo, pela tua beleza física. Que me fazes interessar, pela tua personalidade e gostos. Que me fazem andar que nem um doido, a procura de qualquer espaço do dia, onde me possa incluir na tua vida.
Sobra em ti tudo aquilo que me fazia falta. Tudo aquilo que me faz ser eu próprio, sem filtros ou omissões. Sobra em ti tudo o que desejo, o doce e intenso saber do teu beijo, essa tua vontade de me tocar e de nos abraçarmos. Sobra em ti a paz que se sente, num momento de ternura. Ou o teu tão agradável cheiro. Sobra em ti, tudo o que preciso, tudo o que sonhei, tudo o que desejei, todas as cores de uma Primavera, todo o calor de um Verão, toda a beleza de um Outono, ou toda a paz de um Inverno. Sobra em ti, os cheiros e afetos que me deixam perdido, todo esse sorriso que me derrete e que me apetece provocá-lo. Sobra em ti a delicadeza, de uma mulher sensível e amorosa. Sobra em ti, toda a beleza que me fascina e me provoca e te faz desejar beijar, tocar, abraçar e percorrer todas a linhas do teu corpo. Sobra em ti, tudo que me faz baixar a guarda e me render.
Foste e és a melhor escolha que o destino me possibilitou, e pela qual todos os dias irei lutar.