quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Fico aqui a imaginar-te

Fico aqui a imaginar-te. Os teus olhos, a tua boca, a tua pele. Tens esse olhar a ferver de um desejo e um tesão que posso ver nos teus olhos... esse olhar que me atira contra uma parede e não me deixa dizer que não... esse olhar que me domina, que me prende, que me amarra... Adoro... cada parte do teu corpo, cada curva, mais ou menos apertada, mais ou menos perfeita. Fico a imaginar os teus olhos, a tua boca e a tua pele. O meu corpo estremece ao ver-te, ao ouvir a tua voz. Imagino as tuas mãos e as minhas a percorrem os nossos corpos, palmilhando tudo aquilo que não está a vista dos nossos olhos. Imagino a tua boca na minha, os meus olhos nos teus, em momentos de auge. Seremos apenas um quando os nossos corpos se encaixarem. Seremos apenas um quando as nossas bocas se encontrarem e não se formarem falas, mas apenas gestos. E gemidos… e apertos… Seremos apenas um, quando as nossas bocas se encaixarem, as curvas se moldarem e pernas se acharem. E nesse momento podemos de forma livre liberar a adrenalina, misturada com suor e prazer. Não precisamos de falas, apenas de gestos. Aqueles que falam por nós. Os meus olhos sussurram-te baixinho. E os teus ouvidos ouvem as falas que eles ferozes e arregalados te dizem. Esses olhos que querem observar todo o teu corpo. Que orientam as minhas mãos. Mãos que te fazem soltar gritos no escuro, sopros de desejo e a dança que nossos corpos fazem, são a prova que nos completamos. Cerramos os punhos, e os nossos olhos, observavam em frente os corpos um do outro. Cada um procura aquilo que mais gosta. As nossas peles, roçam-se e o chão não nos falta. Os teus lábios, deliciam-me. Vejo como respondem aos meus. A tua boca húmida de desejo. Mereces toda a dedicação. Todos os momentos de ternura e sofreguidão. Gritamos e dizemos palavras menos próprias. Toda a vizinhança percebe que nos adorámos. O teu corpo torna-se um labirinto, que a minha língua quer saborear. Delicio-te com a ponta da minha língua. Saboreio cada parte do teu corpo. Cada pormenor que me dê tesão. Que te satisfaça. O nosso sexo encontra-se. E em momentos de mera geometria de corpos, temos longos minutos de vibrações, arrepios, ondulações, posições, arranhões, apertões misturados de “fod***” “cara***” e “put** que pa**”. Tudo para que no fim nos deitámos ao lado do outro e entre olhares cúmplices digamos:
- “Repetimos?”.

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