domingo, 20 de dezembro de 2015

Vamos ser só tu e eu

Vem, voa na minha imaginação mas não vás para longe. Fica! Fica no meu colo… Isso… Assim. Não, não fales, apenas sente a minha respiração. Escuta o meu silêncio, despe a minha timidez, cobre-me de coragem, e vem! Ou então chama-me que eu vou. Sou teu, entendes? É isso que quero dizer: Ainda te sinto. Aqui. Pelo teu cheiro. O teu perfume, seduz-me. A tua pele macia, faz-me querer tocá-la. Constantemente. Porque te vais já? Espera. Vou-te contar uma coisa. Passava aqui o dia todo a olhar-te. A tocar-te. A falar-te. Bastava dizeres. Diz-me como me queres e como queres. Pede. Basta pedires. Deita-te sobre a cama e amarra-me com os teus braços. Deixa-me descobrir as tuas fantasias e eu prometo realizá-las quando quiseres. Mostra-me os teus medos. Desvendo-te os meus. Quero sentir o teu coração a bater. Agarrar-te pelas ancas como quem agarra um volante, e acelera, pedal a fundo, até nos estamparmos juntos. Encaixar-te as pernas no meu corpo. Agarrar-te o rabo com vontade. Por-te a minha mão sobre a raiz dos teus cabelos longos. E descer. Quero que me ensines o caminho. O melhor deles. Quero percorrer-te os altos e baixos. Devagar. Agarra-te. Sente como me colocas. Sente. Beija-me e farei o mesmo, com todo o desejo na ponta de língua. Sussurra no meu ouvido quando involuntariamente eu arranhar as tuas costas. Diz que está a doer só para eu pedir desculpa e confessar que é impossível controlar-me. Dás-me tesão! Odeio não te ver. Não te sentir por perto e imaginar o nosso sexo. Tu a dizeres-me para te penetrar numa noite que se prolongada pela madrugada, contigo a dizer que queres sentir as minhas mãos a apertarem-te os seios, a lamber-te descendo pelo teu ventre, sem controlo. Até la chegar. E te fazer sentir e viver orgasmos. Um. Dois. Múltiplos. Descontrolados. Virar-te, enquanto te beijo as costas e te aperto contra mim. Iniciando um registo ritmado pelo suor dos nossos corpos, respirando-te ao ouvido. Fazendo-te dizer palavras menos próprias. Ou melhor. Palavras próprias que nunca são demais. Por isso, pergunto-te: Vamo-nos perder juntos neste mundo de mistérios e incertezas? Vem! Vem agora! Não demores! Vem antes que eu me perca no labirinto de uma incerta, no meio de frases com “ses”… Vem ser o meu segredo! Shhhh… ninguém precisa saber! Vamos ser só eu e tu e os nossos gemidos.

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