terça-feira, 21 de março de 2017

Para quando a próxima vez?

Começou naquele local. Ali. Se bem que não se recordam como acabou a noite. Algures entre cada um na sua cama, ou os dois no mesmo quarto. Contudo, lembram-se sim de como tudo começou. Dirigiram-se como combinado, para aquele spot. Tinham tudo muito bem tratado. Local de encontro próximo. Horas. Tudo. Noite quente de Verão. Apesar de ainda nem Primavera ser. De tanto saberem que ao final do dia, os seus destinos se iriam encontrar, foi-se manisfestando ao longo das horas de trabalho, um tesão crescente entre eles. Pela adrenalina do encontro. Pelo momento que em cada uma das suas cabeças, imaginavam acontecer. Pelos copos que iriam beber. Pela dança que iriam ter. Pelos seus corpos que queriam ter. Ela chegou com aquele vestido que lhe assentava tão bem nas curvas do seu corpo. Perna torneada. Rabo redondinho. Cabelo arranjado. Ele com um visual casual chic, que ela adorava. Ele olhou-a, e logo a imaginou sem tudo aquilo. Projetava já, toda aquela lingerie sexy, que com toda a certeza escondia as suas partes mais gostosas. Ela observou-o, e concebeu na sua imaginação, todo aquele corpo trabalhado, que apesar de não ser volumoso, a tirava do sério.
Cumprimentaram-se. Entraram. Sentaram-se. Pediram. Falaram. Pediram novamente. Dialogaram. Levantaram-se. Dançaram. Pontos de interesse. Debates sobre a vida. Social. Sorriram. Olharam. E no meio disto tudo, apenas uma palavra ecoava sem parar, nas suas mentes. Sexo. A postura dela de ajeitar o cabelo. A maneira com que trincava o lábio. A maneira como o olhava, dizia-lhe que só queria que ele a agarrasse. Ele não escondia que aquelas forma de dizer quero-te, não o faziam recuar. Muito pelo contrario. O seu olhar intenso. O seu toque, sempre que podia acontecer, na pele dela. O encostar do seu corpo, numa dança, faziam-na crer que ele se encontrava com a mesma vontade.
Não será portanto, novidade pensar, o que o caminho para casa lhes trouxe. Neste caso para o carro. Saí ram. Em direção ao parque. Deserto de movimento e ao mesmo tempo tão acolhedor, pelos caminhos estreitos que todos aqueles carros ali estacionados, formavam. Não se estranharam e antes que ela colocasse a mão a mala para tirar a chave do seu carro, ele agarrou-a. Ela surpreendida, não resistiu. Adorava que a agarrassem na anca. Com força. Com vontade e decisão. Sentiu-lhe logo o tesão. Preliminares intensos. Aqueles abafares de gemidos, que davam graça, a todo aquele monte de carros empilhados e a música alta debitada do bar em frente. Sentiam-se protegidos. Sentiam-se apenas ele e ela. Ali. Sexo oral. Gostoso. Orgasmos. Ela toda molhada, só lhe pedia que a fodesse. Ele com o tesão todo, só a queria penetrar. Com força, entre agarrares, entre ele ou ela por cima, entre ele de lado e ela com uma parte ao alto, entre ela com as duas pernas apoiadas nos ombros dele, entre ele sentado, entre ela de quatro, tudo valeu. Tudo valeu, por aquelas horas imaginadas. Por todo aquele tesão acumulado. Tudo mereceu o ponto alto, que ao fim de uns bons minutos, se atingiu… E no fim saberiam, que assim que chegassem a casa, se perguntariam para quando a próxima vez…

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