quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

"Como é bom acordar assim de manhã"

Manha fria, com toda a certeza. Estamos no Inverno, portanto. Acordo e tudo parece-me bastante escuro. A luz ténue, tenta com toda a força que não tem, passar pelo estore corrido das janelas do teu quarto. Contudo, todo o espaço se encontra quente. O aquecedor, vai mantendo uma temperatura agradável. Olho em redor e sinto o teu corpo tenso. Olho-te e vejo-te a acordar. Encolhida como sempre. Linda e ao mesmo tempo desprotegida, quando te desprendi do meu corpo. Os lençois encontram-se desamparados e a cama encontram-se em lume ténue, aquecido pelo calor dos nossos corpos. Foi fácil notar que aos poucos fingias estar a dormir. Mesmo tu estando de costas para mim. Conseguia ler alguns dos teus pensamento, naquele momento, que te passavam pelo leve momento que íamos passando ao acordar. O teu corpo, começava por se mexer, lentamente. Aos poucos e ao sabor do meu toque, ia-se compondo uma melodia assimétrica no teu corpo. Encontravas-te naquele momento, a lutar contra os teus pensamentos. Aqueles que a poucos minutos, sabia estar a interpretar na integra. Viraste-te para mim suavemente. Vi-te a abrir os olhos, e o teu olhar intenso fixou-se no meu que já ardia. Toda aquela intensidade, formou um furacão de desejos, que aquela cama seria certamente pequena para suportar. Sorrimos. Sabíamos que pensávamos o mesmo. Ali. Mantiveste-te quieta, mas com uma inquietude percetível. Aproximamo-nos ainda mais um do outro, e acariciamos as nossas faces. O primeiro beijo, saltou da nossa vontade, logo de seguida. Foi dado o primeiro gemido. Desejo. Estávamos a ferver e as nossas mãos, já espalhavam um no outro o calor que o outro ainda necessitava de sentir. Os tremores de desejo, começaram a fazer-se sentir. O aquecedor, já não fazia falta. O ambiente já era aquecido, pelo calor dos nossos corpos. Pegamos nas mãos um do outro e deixamos que cada um delas percorressem o corpo um do outro. Cada pormenor, começou por ser sentido, pela palma das nossas mãos, para posteriormente ser saboreado pelo paladar da nossa boca. Estávamos a escaldar. Sabíamos que o início da manhã, seria passado ali por uns belos, lindos e gostosos minutos. E naquele preciso momento, ambos pensávamos “Como é bom acordar assim de manhã”…

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