quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Será que te perguntas?

Será que te perguntas? Ou se nos teus tempos mortos dos dias, de azáfama geral, pensas? Interrogaste sobre isto? Sobre as coincidências da vida? E sobre os meros cruzares de olhar, que ela nos proporciona e tende a repetir? Só porque o primeiro, criou aquela empatia mútua? Que nos fazem sorrir por dentro, pois não queremos revelar o que sentimos para não darmos “bobeira”? Será que olhas para o horizonte e deslumbras uma possível tela, onde as personagens principais seriamos nós? Pintadas sobre um pôr-do-sol daqueles… Enfim! Queria-te responder a estas perguntas, tal qual aquela pessoa que vai fazendo as perguntas para um outro, mas que no fundo queria era obter do “lado de lá” as respostas que nos próprios daríamos. Contudo, nem sempre sabemos o que dizer, ou fazer, na altura certa e eu não sou uma excepção. É que de repente tu chegaste. A minha vida que estava sem graça, começou a dar-me vontade de sorrir. Sentia-me no mero deixar andar, sem acreditar que nada resultaria tão cedo. E de repente comecei a sentir-me um mero tonto, ao olhar-te e não saber o que dizer. Bastava-lhe olhar e qualquer “olha…”, não saía no momento certo. Aquele frio na barriga ao ver alguém, começou por ficar quando tu vinhas. Decidiu visitar-me e quis aqui permanecer. Confesso, quando te olho ainda me vem aquele nervoso miudinho, de te querer dizer tudo e por algum motivo, acabar por não te dizer nada. E de repente algo começou a fazer sentido. Algo que mantenho em segredo. Os segredos, dizem, silenciam receios! Se assim for, talvez tenha receios. Diria que sim. Todos nós os temos. Receios de por em causa muito do que já até aqui se construiu, mas a vida fica sem a tal graça, se as barreiras que criámos não tentam ser vencidas. Será porque a minha vida, que estava sem graça, passou a ter sorrisos, que agora tenho pressa? Será por isso que agora tenho pressa de ti? Pressa de te ter. Continuo o mesmo “banana” ao querer chamar a tua atenção. Mas olha… que se dane. Passei a ter medo que o tempo passe e que não te possa dizer tudo o que me vais proporcionando. Passei a ter pressa para que percebas que estou a fim. A fim de ir onde queiras. A fim que as horas voem, que o amanhã se torne hoje, para te ter agora. Tenho pressa de te ter. Todos nós temos segredos e eu no segredo dos meus, vou-te querendo. Vou-te desejando, em parcelas. Físicas e emocionais. Não sei se sentes o mesmo, por vezes sinto dificuldade em interpretar, ou melhor, sempre tive dificuldades em interpretar os sinais. Deste género. Nunca sei, se alguém está a fim ou não! Queria saber decifrar os sorrisos, as expressões da tua personalidade. Queria saber “ouvir” o que tens para me dizer quando nada me dizes, quando me olhas apenas. Olhares estes que num instante me fazem sentir que passam horas, que me fazem sentir pequeno. Conto sorrisos, ouço coisas, mas não os entendo. Este jogo de palavras mudas, ditas entre olhares, fazem-me sentir que tudo que me apetece dizer, se deve manter em segredo. Mas tenho pressa de revelar estes segredos que me fazem o corpo sorrir por dentro, que nos fazem desejar mais, sentir mais, viver mais. Quero olhar-te nos olhos e dizer-te que estes segredos, não passam de medos, de receios, de que não estejas a sentir o mesmo. Por isso, pergunto-te: Será que és curiosa? Será que me darás “sinal”, para te expor os meus segredos? Até lá, vou esperando. Talvez um dia me digas que “sim”.

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