quinta-feira, 29 de setembro de 2016

De repente...

E foi assim, no meio dos de repentes, que a vida lhes proporcionou e proporciona, que no meio desses tantos “de repentes” diários, um “de repente” fê-los cruzar no exato momento de um encontro, onde os seus olhares e sorrisos em uníssono disseram um “olá, como estás?. Não precisaram, de nenhum minuto para perceberem que tinham captado a atenção um do outro, com apenas aquela pergunta formalizada pelos seus sorrisos sinceros e abertos. E assim de repente, algumas das suas mais guardadas convicções mudaram.
Essas convicções que faziam dizer o que queriam, deixaram de fazer grande sentido. O que diziam querer, já não queriam. De repente, começaram a querer-se exatamente naquele momento em que um olá, se transformou num captar de olhares de aprovação e de diálogos interessantes, entre duas pessoas que por sí só, já se estariam a achar interessantes. Cedo perceberam que aquilo que viviam ali, não tinha uma grande explicação. Era o conjunto entre, os tudos e os nadas, que facilmente perceberam um do outro. Os tudos, sobre os caminhos traçados até ali, e os nadas sobre a frieza e falta de alguém que os cativa-se. Aquele momento, com a elegância e delicadeza dela, e com a ternura e observação dele, tornou-se num momento de horas que se esfumou em minutos.
Naquele dia, e naquele momento, naquele “de repente” entre eles, ficaram com a sensação de que ficaram perto um do outro. Podiam não estar fisicamente, não o conseguiam todos os dias, mas estariam certamente ao lado um do outro, em pensamento. E naqueles pensamentos, deram por si, a terem uma enorme vontade de ir ate a praia, ir de encontro a natureza, de correr a beira-mar e chapinhar na água, de olhar o por-do-sol, de se perderem em trilhos desconhecidos, de explorarem aquilo que na vida os faz sorrir. E naquele momento, apesar de não saberem, estavam a encontrar-se exatamente a meio caminho, pois estavam a pensar exatamente o mesmo, e em cada uma das mentes deles, sem saberem, estava cada um deles. Sabiam que aquele caminho que começaram a percorrer, iria ter um único destino. Os detalhes de cada um deles tinha e que cativa o outro, iriam certamente ser as setas que os iriam guiar até ao ponto em que uniriam os seus caminhos e começariam a palminhar um caminho em conjunto. E naquele caminho paralelo que percorreram, iam pensando que adorariam poder contar com a companhia um do outro, sobre um sol forte ou uma chuva miudinha. Gostariam de contar com um olhar brilhante e intenso, num dia desse tal sol, e de um abraço quente de corpo contra corpo, num dia dessa tal chuva.
E foi assim, que num “de repente” diário, nas suas vidas, ele e ela se transformaram na escolha certa de cada um…

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