sábado, 13 de agosto de 2016

Não vamos esperar por amanhã, pois não?

Não vamos esperar por amanhã pois não? Acho que é isto que o pensamento deles se tem questionado ao longo destes tempos… Tempos esses que já decorrem há um bom par de semanas quando se cruzaram. Naquele corredor, que todos os dias percorrem, ou naquela sala que tem o hábito de partilhar nas últimas semanas, os olhares vão-se repetindo. Cada vez com mais frequência e intensidade. Cruzam-se, trocam olhares mas nem uma palavra direta lhes sai da boca. Conversam como dois “estranhos” que vão tentando cultivar uma amizade, mas que sabem que se desejam. Olham-se, e é o bastante para perceberem que tem vontade de se agarrarem logo ali, esquecendo tudo o que os rodeia. Nota-se a intensidade com que se olham. É algo constante. Sorriem, desviam o olhar e continuam. Nesses momentos, que são meros segundos, os seus pensamentos levam-nos para um local bem distante dali. Onde todos os seus desejos se vão multiplicando e somando, dando um resultado que nem eles sabem bem calcular. Ele pensa em agarra-la, sentindo o toque daquele vestido colado às suas curvas. Ela pensa que aquele agarrar a iria fazer suspirar e arrepiar. Aquele arfar de desejo, com a expiração projetada no seu pescoço. Eles de copo de vinho do Porto na mão. Deixando-se ir pela música ambiente que aos poucos os vai seduzindo. Ele pensa que a beijava. Ela que o desejava intensamente. Adora a forma, com que naquele pensamento, ele a toca. Começa a sentir-se molhada. Ele não aguenta o desejo e faz com que ela perceba isso. Cola-se ao corpo dela. Pega nela. Ela no seu pensamento, deixa-se levar. Percorre o corpo dele com a palma das suas mãos. Ele senta-a em cima da mesa. Arruma com um só gesto, a tralha que vai ocupando espaço na superfície da mesa. Sobe-lhe o vestido até a anca e encaixa a sua na dela. No seu pensamento, ela beija-o e adoro o sabor da sua boca. Deixa-se levar. Desabotoa-lhe a camisa, enquanto ele lhe toca devagar por cima da cueca, expondo um tronco bem definido e que a excita ainda mais. Deixa que ele a agarre com a força que o tesão vai proporcionando. Ele tira-lhe por completo o vestido. O corpo dela é magnífico. Pensa que os tempos que passa no ginásio são certamente bem empregues. Olha-a nos seus lindos olhos e percebe o desejo que lhe oferece. Ela não aguenta mais. Quer ser chupada, lambida e fodida. Ele não espera mais tempo. Abre-lhe as pernas e ao mesmo tempo que lhe vai lambendo freneticamente ou pausadamente o clitóris, ela agarra-lhe com força o cabelo e vai gemendo de tesão, penetrando-a com dois dedos, até que tenha o seu primeiro orgasmo e a deixe no ponto. Ela no seu pensamento, já se encontra no dele. Tira-lhe as calças e boxers e mete-o na boca, chupando de forma lenta e intensa. Quer sentir o desejo que lhe pode dar. Ele adora isso. Esses primeiros momentos do sexo. Intenso e moroso. Até a penetração. Fodem-se sem parar. Em cima da mesa. No chão frio que rapidamente aquece com os suores de casa um. Levantam-se e a canzana com o sofá a servir de apoio, ela atinge mais um ou dois orgasmos. Eles nem os contam. Ela pensa que esta super molhada. Ele pensa que a adora sentir assim. Fodem-se que nem duas criaturas que sempre se desejaram e que agora tem de libertar toda a tensão acumulada. Gemidos, caralhadas, um fode-se entre frases de puro desejo. Até que ele perto de se sentir quase a vir, faz com que ela o faça atingir o orgasmo. Ela com o seu entre os dedos, ele com os seus dentro dela. Até que ele se vem e até que ela atinge, passados uns momentos, mais um orgasmo……
Entretanto um barulho da sala, os faz voltar a realidade. Nesse momento, e no mesmo momento olham-se! E percebem perfeitamente que estavam os dois no mesmo pensamento e perguntam-se sem qualquer palavra um para o outro: Não vamos esperar por amanhã, pois não?

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