quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Pensamentos...

O som deste silêncio melancólico, compassa com o ruído que lá fora tende a perturbar os meus pensamentos. Ali na sala oiço o constante “martelar” de notícias sobre qualquer coisa como “Possível governo de esquerda”. Batalha-se pela palavra. Vozes assumem-se mais fortes que outras. Enfim…
Pela casa já se sente o cheiro de jantar, pronto a servir. Dia cansativo este. Sinto-me em pleno estado de relax. Tendo em pensamentos, mais ou menos banais, mais ou menos quotidianos. Penso nisto e naquilo. Esboço planos do que quero fazer para o dia de amanhã. Tenho de treinar. Aproximam-se dias importantes de provas. E puf… Tudo muda! Raio desta mente que tem tendência a virar pensamentos! Penso nestes dias. Nestes últimos. Tem sido de constante azáfama. Esta azáfama, que tende a querer ser quebrada por uns simples momentos contigo. Em pensamento. Penso nisto vê se gostas:
“Cabelo molhado, boca seca, olhos de gula e saudade.
Ao ritmo de som de palavra nenhuma, dizemos quero-te, desejo-te querendo tocar-te. Perde-mo-nos em beijos, rasgamos as roupas. Peço-te que esperes, vou buscar o vinho. Brindamos no momento ao momento, e ao futuro que a noite nos trás. Os teus beijos tornam-me embriagado pela intensidade dos teus lábios. O teu corpo, torna-me acelerado. Entra-mos num frenesim acelerado, ao belo registo de uma manhã em que tendes a acordar tarde para o trabalho. Nenhum de nós tem controlo. Percorro-te no teu corpo. O teu cabelo, fascina-me! O teu olhar profundo, hipnotiza-me. Belos olhos os teus. Intensos. Arredondados. Pele macia. Sedosa. Bem cuidada.
Vontade que não comando. Desejos que vivem em mim. Perco a noção do tempo, no descompensar da respiração. Horas passam a minutos. Abraços passam a marcas nas costas. Céu em inferno. As nossas palavras convertem-se em suspiros. Agudos. Prolongados. Suspiros que ecoam pelo corredor. Fazem eco pelo espaço. As velas que soltam o fumo e o vapor que nos sai do dos corpos, tornam a cena perfeita. Sinto o teu suor. As nossas mãos a entrelaçarem-se num aperto típico de desejo ardente. As tuas feições são lindas. Molda-mo-nos um ao outro. Os nossos corpos, movimentam-se num único balanço. Ritmado ao som de gemidos. De palavras menos próprias. De “olhares carnais”. O nosso desejo passou de esboço, para a cama com contornos de libido inflamado. As nossas trocas de olhares cúmplices. Êxtase total. Orgasmo múltiplo. Posições banais, convertidas, invertidas. Tudo vale. Jogos de prazer. São dois corpos. E ambos se sentem em prazer ao lado um do outro…” Apenas um desejo. Desejo mútuo do primeiro beijo. Questiono-me se um dia algum de nós tenderá a tomar a decisão de o dar. Entretanto o contador para que isso aconteça, parece-me que cai a cada dia. A cada semana. Pareces-me um anjo caído, vindo do fogo que me tende a atormentar…
É hora de jantar tenho de ir.

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